março 23, 2011

Que dia

O despertador tocou às 5 horas. Abri os olhos, esfreguei o rosto com as mãos, e decidi que eu merecia mais 10 minutos de sono. Acho que cochilei, mas num sobressalto levantei. Alonguei todo o meu corpo, espreguicei cada célula do meu corpo, vesti o roupão e fui para a cozinha.
Esquentei a água do chá, tostei o pão e polvilhei linhaça na banana amassada. Sentei no sofá, e enquanto assistia Friends, devorei o meu café-da-manhã. Pulei no chuveiro, vesti a roupa de ginástica, e quando o relógio marcou 6 horas, eu já estava no parque, pronta para correr.
O treino foi puxado. O percurso, mais distante e acelerado do que o de costume, mas quando terminou, um bem-estar imenso me invadi. Acho que correr desperta a minha alma, e me faz aprender a superar cada limite que o meu corpo me impõe.
Voltei para casa e tomei outro banho, dessa vez longo e demorado. A música se fazia ecoar por toda parte, e eu cantarolava feliz.
Já pronta, enfrentei uma aula de 100 minutos e quando deu a hora do almoço, fiz minha refeição tranqüila, para depois tirar um breve cochilo. O resto da tarde foi igual a todos os outros: mais duas aulas de 100 minutos.
Seis horas e o carro já estacionado na garagem. Me organizei para fazer um trabalho chato, mas necessário para sexta-feira. Não deu certo: a preguiça falou mais alto. Ao invés disso, acompanhei as notícias na internet, verifiquei as redes sociais, e conversei com uma pessoa querida.
Agora são dez horas, e todos os meus deveres foram cumpridos. Tenho que escolher três coisas boas que aconteceram comigo hoje. A primeira foi uma música, já velha e esquecida que tocou no rádio:“Sim meu amor, quando a gente quer o mundo se ajeita...”. Por milhões de motivos, trazem uma sensação de nostalgia e saudade. Muita saudade. E uma vontade imensa de fazer as coisas darem certo de novo. A segunda foi uma piada boba, mas que me rendeu gargalhadas de doer a barriga no meio de uma aula de comercial. E a terceira é a história que vai embalar o meu sono, narrada na voz de alguém que sempre mereceu o espaço que ocupa na minha vida, mas que a cada dia ganha ainda mais importância, se é que isso ainda é possível depois de 8 anos de convivência.

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